Carne bovina faz preço do prato feito disparar no Brasil
Data de Publicação: 28 de abril de 2022 17:13:00 Para realizar o estudo, a economista Marcela Kawauti, da Prada Assessoria, considera os valores do arroz, feijão, bife, batata frita e salada de alface e tomate, temperos e gás de cozinha aplicados em território nacional.
O impacto gerado pela inflação dos insumos alimentares, em especial da carne bovina, fez o preço médio do prato feito subir 23% nos últimos 12 meses. Para realizar o estudo, a economista Marcela Kawauti, da Prada Assessoria, considera os valores do arroz, feijão, bife, batata frita e salada de alface e tomate, temperos e gás de cozinha aplicados em território nacional.
Em nenhuma das 10 capitais brasileiras pesquisadas, o preço do popular PF acompanhou os 11,3% da inflação geral, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo), no período. A cidade que mais se aproximou do índice foi Belém, com o prato feito custando 15% a mais do que há um ano. Já em Porto Alegre, os consumidores estão gastando 3 vezes mais para ter acesso ao conjunto de alimentos.
Confira o ranking completo da inflação do prato feito no país, acumulada no último 12 meses:
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Porto alegre (RS) - 34%
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Vitória (ES) - 33%
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Belo Horizonte (MG) - 29%
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Rio de Janeiro (RJ) - 26%
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Curitiba (PR) - 25%
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São Paulo (SP) - 23%
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Recife (PE) - 23%
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Salvador (BA) - 21%
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Fortaleza (CE) - 21%
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Belém (PA) - 15%
Segundo informação do Estado de Minas, em pesquisa realizada pelo Mercado Mineiro e o aplicativo comOferta, em Belo Horizonte e na Região Metropolitana, o PF é vendido entre R$ 15,99 e R$ 48, uma variável de 336%. A refeição combinada registrou um aumento de 1,6% no preço em março.
Os donos de restaurantes nas localidades foram perguntados sobre a constituição do preço cobrado por um prato feito e apontaram que a carne é a principal responsável pela alta nos preços.
"O pior é que não dá para isolar o problema. Subiu tudo! Tirar a carne é só um paliativo porque ela é mais cara em relação aos demais ingredientes", finaliza Marcela Kawauti.
Preço do almoço por quilo também aumentou no país
Um levantamento do Procon demonstrou que o almoço por quilo, tradicional em todo território brasileiro, ficou 13% mais caro nestes últimos anos. O órgão ainda informou que o preço pode ficar ainda mais caro nos próximos meses.
De acordo com a pesquisa, em janeiro de 2020 o quilo custava em média R$ 56,01, enquanto em fevereiro deste ano o preço médio é de R$ 63,39. No entanto, ao comparar fevereiro de 2022 com outubro de 2021 vemos um aumento menor, de R$ 63,03 para os R$ 63,39.
Isto quer dizer que a maior parte da elevação dos preços ocorreu antes de outubro. Segundo especialistas, um dos motivos para o aumento foi a alta do gás de cozinha, ingrediente essencial no preparo dos alimentos. Nos últimos 12 meses, entre março de 2021 e março de 2022, o GLP teve um aumento de 23,2%.
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