Português (Brasil)

Em protesto contra agrotóxicos, rede de supermercados da Suécia boicota produtos brasileiros

Em protesto contra agrotóxicos, rede de supermercados da Suécia boicota produtos brasileiros

Data de Publicação: 6 de junho de 2019 11:40:00 Empresário europeu lembra que substâncias liberadas pelo governo Bolsonaro podem ser cancerígenas

Compartilhe este conteúdo:

Uma rede de supermercados da Suécia, a maior da Escandinávia, anunciou nesta quarta-feira que boicotará todos os produtos do Brasil, em protesto à autorização em massa de novos agrotóxicos pelo governo Bolsonaro. Dos 197 produtos que já receberam aval do Ministério da Agricultura este ano, 26% são proibidos da União Europeia, devido a potenciais danos à saúde humana e ao meio ambiente.

— Precisamos parar (o presidente) Bolsonaro, ele é um maníaco — disse Johannes Cullberg, presidente do grupo Paradiset, à rádio francesa RFI. — Quando li a notícia da liberação de tamanha quantidade de agrotóxicos pelo presidente Bolsonaro e a ministra (da Agricultura) Tereza Cristina, fiquei tão enfurecido que enviei um email a toda a minha equipe, com a ordem “boicote já ao Brasil”.

A Paradiset já retirou de suas prateleiras produtos brasileiros como manga, limão, água de coco, marcas de café e uma barra de chocolate que contém 76% de cacau brasileiro em sua composição.

Cullberg pede para que outros fornecedores se engajem no boicote. Em comunicado divulgado à imprensa sueca, o empresário avaliou: “Não podemos em sã consciência continuar a oferecer alimentos do Brasil a nossos consumidores, num momento em que tanto a quantidade como o ritmo da aprovação de novos agrotóxicos aumenta drasticamente no país”.

A rádio RFI lembra que três dos 31 agrotóxicos liberados recentemente no Brasil são de produtos que usam como base o glifosato, substância classificada pela OMS como potencialmente cancerígena. Estudos comprovaram sua relação com o linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático.

— Não posso escolher o presidente do Brasil, mas posso escolher o que vou comer — ressaltou Cullberg.

 

Imagem da Galeria Dos 197 produtos que já receberam aval do Ministério da Agricultura este ano, 26% são proibidos da União Europeia, devido a potenciais danos à saúde humana e ao meio ambiente.
Compartilhe este conteúdo:

  Seja o primeiro a comentar!

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Envie seu comentário preenchendo os campos abaixo

Nome
E-mail
Localização
Comentário