Os grandes nomes de nossa história se fizeram pela paixão...

Homens e mulheres que lutaram por um conceito e até morreram por ele...

Muitos gênios incríveis das artes, do esporte e do mundo conceitual, morreram pobres e até sem nenhuma fama, porém não era isso o mais importante. Havia neles uma honra nata, vital que era o suficiente.

Hoje com o mundo tecnológico, a globalização e o conhecimento ao alcance de quase todos, ser eficiente e ter seu talento super bem remunerado virou obsessão...E nesta corrida maluca, salve-se quem puder...

E a Missão? Aquilo que ficará de nós, quando morrermos?

Propósito de vida, idealismo, paixão por uma ideia...Era isso que movia o mundo e o fazia admirável...

Hoje somos focados em auto desenvolvimento e formação, sem nenhuma habilidade em viver na coletividade...Nos empenhamos em salvar o nosso dia e  nos encher de utilidades inúteis, olhando só o nosso umbigo...E assim, vivemos no automático, sem inspirar verdadeiramente ninguém. Somos uma multidão de estrelas cadentes a correr atrás de algo, que nem sabemos o que é... Fingimos que alguém nos inspira e depois cansamos, esperando a próxima novidade...

E vamos assim, não acreditando verdadeiramente em nada, pulando de conceito em conceito nesta vida vazia e confortável, sem nenhum idealismo...

Hoje sofremos um apagão de líderes, pois os mártires saíram de moda e neste lodo de egoísmo, ninguém nos representa. As crianças que desperdiçam a infância em seu mundo virtual e não experimentam mais a empatia, nem com seu vizinho... Não treinam o “se colocar no lugar do outro”, porque não convivem mais verdadeiramente com ninguém...

Se pararmos para pensar, hoje os que morrem por uma ideia são os terroristas, os Comando PCC, daí seu avanço no mundo...

Estamos sem líderes na política, nas ciências e no trabalho, porque para ser líder é preciso ser gente de verdade, se importar...

Que entendamos que só nos unindo totalmente, venceremos...Principalmente a nós mesmos...

(Por Mônica Fernandes - Colunista)