Falo muito da importância em termos metas, objetivos, foco e disciplina por aqui. Mas hoje te convido a enxergar o outro lado da moeda: Nesta jornada de autodesenvolvimento estamos nos criticando, nos comparando, nos esgotando física e mentalmente. Escutamos uma voz denominada pela autora Tara Mohr, coach de mulheres, do livro “Ouse Crescer” como ‘Censora interior’. Ouvimos e internalizamos esta voz como verdadeira. E isto não pode continuar. Não sem reflexão, não sem ponderação, nem sem expandirmos a nossa consciência para entendermos que podemos, devemos e merecemos exercitar a autocompaixão. 

A censora interior é a voz que em nossa mente nos faz acreditar que somos incapazes ou que tal coisa não seria para nós. É a voz repetitiva que se concentra nos problemas, falando em tom ansioso e assumindo posições radicais de autocondenação.

Estamos geneticamente predispostos a ouvir essa voz, não por ter passado por traumas ou conflitos internos durante nossa vida, mas pela manifestação do nosso instinto que nos faz sentir medo em relação aos nossos sonhos.

Como reduzir a influência da censora interior na sua vida? O mais importante ao ouvir essa voz da insegurança é saber identificá-la. Devemos aprender a deixar a censora interior falar à vontade sem seguir as orientações dela, não permitindo que ela faça parte de nossas escolhas.

A autodisciplina é para manter-se motivado. A motivação deve ser por amor a você mesmo e não pelo fato de ser bem vista pelas pessoas ao seu redor. Não é para ser uma tortura. É para você desfrutar da sua jornada. Muitas vezes estamos mais focados nos medos, nos conflitos internos, na opinião de outros, na grama do vizinho que está mais verdinha e passamos a alimentar vozes da censora interior que nos coloca para baixo. Esquecemos de colocar foco em nossos  sonhos, em nossas tarefas e objetivos, nossos propósitos, realizações, nossa inteligência e capacidade.

O diálogo interno contraditório e repetitivo é natural quando não aparece completamente descolado da realidade. A vida traz um resultado. Nós vemos outro. Ou até vemos o resultado. Mas duvidamos dele porque no fundo duvidamos de nós. É aí que o fluxo de pensamentos natural se torna contraproducente. Quando a balança pende para o “eu não consigo” e sensação de ser uma fraude trava, aprisiona, entristece, diminui. E, aí, sim, pode afetar os resultados. 

Te proponho a reconhecer-se como um ser único, dotado de talentos e habilidades singulares. Quero que tenha um ato de amor-próprio. Disciplina para sua realização pessoal e profissional é liberdade e não prisão. Quero te ajudar com algumas dicas pontuais que vão te auxiliar neste processo de evolução, autodesenvolvimento, congruência e realização. Vamos lá? Estabeleça alguns rituais e rotinas que lhe ajudem no seu processo de crescimento:

• Estabeleça “objetivos-satisfação” em vez de “objetivos-obrigação”.
• Encontre aliados e alguém para prestar contas. Isto te ajuda a manter a motivação em alta!
• Veja-se como parceiro de uma força mais poderosa. Deus, o universo, a sincronicidade da vida.
• Elabore um plano baseado em suas forças e recursos singulares. Destaque seus pontos fortes e invista em seus talentos! 

Ao empacar, questione-se com autocompaixão. Ame-se acima de tudo! A caminhada, a paisagem e as novas conexões feitas em sua vida são tão importante quanto a realização de cada um de seus objetivos. 

Tantas palavras para um objetivo: Quero te lembrar de que seus erros não são você, assim como sua voz crítica não é você. Nem tudo o que você sente é a verdade absoluta, se é que isso existe. Reconheça essa voz que te repreende, diminui ou maltrata e delicadamente baixe alguns decibéis dela. Ela não vai sumir, mas tende a se intimidar. Deixe que os resultados que a vida te traz falem mais alto que ela. E falem por você.

Te convido a descobrir a sua mentora interior! A mentora interior é sua melhor versão. Ela vive a vida que você deseja, ela tem sabedoria e discernimento para fazer escolhas. Ela te orienta e reconhece seu valor. Saber ouvir a mentora interior em vez da censora interior é o primeiro passo, para a grande mudança que nos capacita a ousar crescer. Deixamos de dar atenção à voz da censora interior e a transferimos para a mentora interior, ignoramos as orientações da censora e passamos a assimilar a sabedoria da mentora, esse é o grande segredo e o passo inicial para começarmos a sermos protagonistas da nossa vida, autoras de nossa história, mulheres decididas a escreverem a melhor versão de si mesmas.

(Por Gisela Campos - Colunista)